AMPERE: O CONCORRENTE EUROPEU - Excelência tecnológica e concentração operacional para democratizar os veículos elétricos

"A Ampere é uma resposta ambiciosa, holística e estrutural da indústria europeia aos desafios provenientes do Oriente e do Ocidente.

No verdadeiro espírito da Renault, a Ampere foi concebido para tornar os automóveis elétricos e conectados acessíveis a todos, respondendo aos imperativos da transição energética e aproveitando as oportunidades de crescimento do mercado.

A Ampere é, antes de mais, uma aposta na excelência tecnológica e na experiência do cliente: duas

plataformas nativas de veículos elétricos, uma poderosa linha de sete carros, uma nova geração de arquitetura eletrónica centralizada, um avançado conjunto de software baseado em Android e o mais compacto e eficiente ecossistema de fornecimento e fabrico de veículos elétricos, todos criados na Europa.

A singularidade da Ampere baseia-se numa abordagem aberta e horizontal com os melhores parceiros da sua classe, garantindo baixo risco, flexibilidade e afetação inteligente de capital para navegar num ambiente competitivo e em rápida mudança.

A Ampere combina o melhor de dois mundos: a experiência e o poder de fogo de um fabricante de automóveis líder e a agilidade e inovação de um recém-chegado. Ampere é ESG em 3D, concebido de raiz, atingindo os mais elevados padrões em termos de descarbonização, economia circular e transição justa.

Estou mais do que confiante de que o sucesso do Ampere assenta na experiência e no entusiasmo de uma equipa altamente diversificada que se revelou extremamente eficaz nos últimos dois anos de preparação", afirmou Luca de Meo, Diretor-Geral do Grupo Renault

"Com automóveis de elevado desempenho, preços competitivos, uma marca forte e serviços de elevada qualidade, a Ampere está bem posicionada para captar o crescimento do mercado europeu de veículos elétricos.

 Ampere tem como objetivo um crescimento médio anual de 30% das receitas entre 2023 e 2031. De 10 mil milhões de euros em 2025 com 4 veículos, Ampere terá como objetivo mais de 25 mil milhões de euros de receitas em 2031 com 7 veículos competitivos.

Graças ao seu plano claro de redução de 40% dos custos numa geração, a Ampere poderá reduzir gradualmente os preços dos veículos, melhorando simultaneamente as margens. Com efeito, beneficiando do arranque do Grupo Renault no domínio dos veículos elétricos e do software, a Ampere oferece um perfil financeiro de baixo risco e de elevado retorno, com a ambição de atingir o ponto de equilíbrio em 2025 (tanto em termos de margem operacional como de free cash flow) e tem como objetivo uma margem operacional superior a 10% a partir de 2030. Para além da sua própria linha de produtos, a Ampere foi também concebida para ser uma plataforma tecnológica, de fabrico e comercial para outras marcas, o que representa mais vantagens para a Ampere.

A recente cisão, concluída com êxito há duas semanas, constitui um primeiro marco significativo para nós e estamos a preparar o próximo passo estratégico: a Oferta Pública Inicial é uma oportunidade para acelerar ainda mais o desenvolvimento da Ampere sem recorrer aos recursos do Grupo Renault e permite que o Grupo Renault acelere o seu plano para recompensar os seus acionistas", afirmou Thierry Piéton, Diretor Financeiro do Grupo Renault

Ampere, motor da transformação do Grupo Renault

O Grupo Renault concluiu as primeiras etapas do seu plano "Renaulution" antes do previsto, realizando a reviravolta mais rápida da história recente da indústria automóvel.

Anunciada em novembro de 2022, a atual fase – Revolução – visa transformar o Grupo Renault numa empresa automóvel da próxima geração assente em cinco empresas focadas que abordam as novas cadeias de valor decorrentes da transformação da indústria automóvel e da mobilidade: veículos elétricos (EV) e software, novos serviços de mobilidade, economia circular, veículos topo de gama, para além de veículos de combustão interna (ICE) e híbridos.

A Ampere é a força motriz da transformação do Grupo: uma empresa autónoma que concebe, projeta, fabrica e comercializa veículos elétricos de passageiros sob a marca Renault na Europa. O seu objetivo é impulsionar a marca Renault e posicioná-la como líder na nova era das emissões zero e do desenvolvimento de software.

A ambição da Ampere é atingir uma quota de mercado de dois dígitos, com uma margem operacional de dois dígitos, abordando os principais segmentos de veículos na Europa, até 2031.

A 1 de novembro de 2023, a formação da Ampere foi concluída com êxito. Desde o primeiro dia, a Ampere conta com 11 000 trabalhadores, dos quais 35% são engenheiros, centrados em tecnologias de veículos elétricos e de software. A Ampere beneficia de ativos sólidos para os quais a maioria dos investimentos já foi feita, incluindo duas plataformas nativas de VE e um ecossistema industrial altamente produtivo em França, com normas de baixas emissões de carbono: ElectriCity e Cléon.

A sua estrutura é simples e eficiente, permitindo uma cooperação ágil. A Ampere é uma empresa orientada para os dados, construída com base na tecnologia, graças a plataformas de IT essenciais, completamente ligadas, transparentes e que quebram silos. É liderada por uma equipa altamente experiente, com conhecimentos de gigantes tecnológicos globais e de empresas automóveis internacionais.

Uma história de crescimento graças à vantagem em termos de custos, à gama completa de produtos e à experiência personalizada do cliente

Democratizar os carros elétricos na Europa, com foco numa base de clientes mais alargada

Como líder em automóveis de tamanho médio e compacto na Europa, o Grupo Renault e, portanto, a Ampere, está bem posicionado para abordar os segmentos B e C que, juntos, devem representar 75% do mercado europeu de veículos elétricos, até 2030. Prevê-se que estes segmentos cresçam cerca de 25% CAGR, entre 2023-2030.

Para capturar esta oportunidade, a Ampere tem como objetivo democratizar o VE na Europa, alcançando a paridade de preços VE / ICE antes da concorrência, nos segmentos B e C.

A Ampere já tem uma grande vantagem competitiva com as suas duas plataformas nativas de VE, que são rentáveis por conceção e adequadas à finalidade:

• Plataforma AmpR Small para o segmento B (anteriormente CMF-B EV)
• Plataforma AmpR Medium para o segmento C (anteriormente CMF-EV)

Para além destas plataformas, a Ampere tem um plano claro para reduzir os seus custos, com base numa abordagem holística do sistema EV. Até 2027/2028, a Ampere tem como objetivo reduzir os custos variáveis entre a primeira e a segunda geração de veículos elétricos do segmento C em 40%, seguindo uma trajetória contínua, ao longo de três eixos principais:

• Motor Elétrico (bateria e e-powertrain):
  • Redução de 50% do custo da bateria, por veículo, para a mesma autonomia
  • Redução de 25% do custo do grupo motopropulsor elétrico, por veículo
• Veículo (plataforma e carroçaria):

• Redução de 25% no custo da plataforma por veículo
• 15% de redução no custo da carroçaria por veículo

• Excelência operacional que permite uma redução de 50% dos custos de fabrico e de logística

Como resultado do seu plano contínuo de redução de custos, foi alcançado um primeiro passo importante com o Scenic E-Tech, que já está a atingir a paridade do Custo Total de Propriedade (TCO) com os veículos híbridos. Prevê-se que a paridade de preços VE/ICE seja alcançada até 2027/2028 com a segunda geração (sucessores do Megane-E-Tech e do Scenic E-Tech), preservando as margens. No segmento B, a Ampere começará com o Renault 5 em 2024 e o Renault 4 em 2025 (preço inicial do Renault 5 em torno de 25 mil euros) e o "Legend", um novo automóvel elétrico abaixo dos 20 mil euros (automóvel a ser revelado no Capital Market Day da Ampere).

Uma linha completa de produtos

Para atingir este objetivo, a Ampere beneficia de uma carteira de veículos entusiasmante e competitiva dos segmentos A, B e C, composta inicialmente por cinco modelos:

• O Megane E-Tech 100% Elétrico, lançado em meados de 2022, com um preço de entrada de 38 mil euros, é o automóvel que reposicionou a marca no mercado dos EV e que permite conquistar novos clientes (taxa de conquista da concorrência superior a 50% na Europa). Tem uma quota de mercado de 2,2% no mercado europeu de EV e é o veículo número um no segmento C-EV em França. Este automóvel beneficia de um sistema de infoentretenimento e de conetividade de primeira categoria: OpenR Link.
• O Scenic E-Tech 100% Elétrico, que chegará ao mercado no início do próximo ano, com um preço de entrada de cerca de 40 mil euros, é o futuro dos automóveis familiares europeus. A sustentabilidade está no centro da sua conceção, com até 95% de materiais recicláveis, oferecendo a melhor autonomia da sua classe, superior a 625 km WLTP, e um TCO já ao nível dos automóveis híbridos.
• O Renault 5, que será revelado no primeiro trimestre de 2024, é o renascimento de um modelo icónico já conhecido pela imprensa e pelas redes sociais. O Renault 5 oferecerá até 400 km de autonomia, por um preço de entrada de cerca de 25 000 euros, competindo com os principais automóveis híbridos do segmento B. Será equipado com o avatar Reno, um copiloto virtual dotado de inteligência artificial, que aprende diariamente com os seus utilizadores, para melhor antecipar e responder às suas necessidades.
• O Renault 4, que será lançado em 2025, será a reinterpretação de um automóvel universal para a era elétrica. Será um automóvel com uma versatilidade de topo, capitalizando os ingredientes vencedores do Renault 5, como a plataforma AmpR Small e o infoentretenimento de última geração.
• O "Legend", hoje revelado, é o veículo urbano adequado para o fim a que se destina, sem compromissos: a melhor eficiência da sua classe, com apenas 10 kWh/100 km, emissões de CO₂ 75% inferiores às do automóvel europeu ICE médio vendido em 2023 ao longo do seu ciclo de vida, zero emissões de CO₂ pelo tubo de escape e menor consumo de matérias-primas graças à sua dimensão compacta. Fabricado na Europa, o automóvel será oferecido a um preço de entrada inferior a 20 mil euros (antes de subsídios), o que representará menos de 100 euros por mês para os nossos clientes.

Esta gama será alargada com dois veículos adicionais para a segunda geração, representando um total de sete veículos até 2031. Partindo de um objetivo de ~300 000 veículos vendidos em 2025, a Ampere espera vender ~1 milhão de veículos em 2031, atingindo uma quota de mercado de ~10%.

Para além da sua própria linha, a Ampere foi concebida para ser uma plataforma tecnológica, de fabrico e comercial ao serviço de outras marcas para além da Renault, graças à flexibilidade das linhas de fabrico, à modularidade das duas plataformas e à competitividade dos seus custos. A Ampere produzirá pelo menos dois modelos para a Alpine, o próximo Micra para a Nissan e um outro modelo para a Mitsubishi Motors. A Ampere também apoiará o percurso de eletrificação da Dacia e fornecerá soluções de software para todo o Grupo Renault.

Uma experiência personalizada para o cliente para além do produto

Para além do produto, a Ampere oferece uma viagem emocionante e tranquilizadora ao cliente. Este aspeto é fundamental, uma vez que o mercado de veículos elétricos está a passar dos primeiros utilizadores para os clientes habituais. Para isso, a Ampere pode contar com cinco ativos fortes desde o primeiro dia:

• 98% de notoriedade da marca Renault;
• A experiência do cliente multicanal: física, com base nos 4700 concessionários do Grupo Renault, com 30 000 pessoas formadas em VE em toda a Europa, e digital, com o lançamento de um percurso do cliente 100% online;
• A rede de Após-Venda única do Grupo Renault;
• Soluções de carregamento abrangentes e sustentáveis, a preços competitivos, em casa ou na estrada;
• A Mobilize Financial Services oferece soluções de financiamento que vão desde a simples subscrição, por alguns dias, até ao leasing completo por vários anos.

Uma história de excelência tecnológica, inovação e parcerias

Excelência tecnológica em Veículos Definidos por Software

Passando para uma arquitetura eletrónica centralizada, estando ligado à nuvem e tendo elevadas capacidades de cálculo e conetividade, o Veículo Definido por Software permite a atualização permanente do automóvel. Permite também uma redução significativa dos custos dos chips, um aumento do valor residual do automóvel e uma maior fidelização do cliente.

A Ampere conta, desde o primeiro dia, com 1800 talentosos engenheiros de software e sistemas, que representam 50% da sua força de trabalho total de engenharia. Com origem da aquisição da Intel Europe em 2017, esses engenheiros têm uma forte experiência, facilitando o desenvolvimento, em conjunto, com os melhores intervenientes de tecnologia da classe, Qualcomm Technologies e Google. A equipa da Ampere desenvolveu uma solução com a Google, já incorporada no Megane E-Tech e no Scenic E-Tech: OpenR Link. Com esta abordagem aberta, a Ampere obtém o melhor de dois mundos: mantém a propriedade do IP e dos dados do automóvel na Europa, beneficiando, simultaneamente, de um ambiente que garantirá o acesso dos seus clientes ao universo, em constante expansão, de aplicações que tornam o Google built-in tão único.

 Esta abordagem horizontal permite à Ampere poupar tempo, custos e reduzir o risco de execução. Para além de partilhar os investimentos e garantir custos competitivos, reduz o tempo de desenvolvimento em 50%, colocando o custo de desenvolvimento a par dos intervenientes chineses e até metade dos OEM ocidentais.

Prevê-se que o primeiro Veículo Definido por Software esteja no mercado em 2026.

Pronto desde o primeiro dia, graças aos ativos sólidos e ao apoio do Grupo Renault

Abordagem ecossistémica única para cobrir a cadeia de valor dos Veículos Elétricos

A Ampere beneficia de uma abordagem ecossistémica única para cobrir toda a cadeia de valor dos veículos elétricos, com investimentos limitados e agilidade tecnológica, através de parcerias com os melhores intervenientes no desenvolvimento de baterias e de grupos motopropulsores elétricos. A Ampere é também pioneira no sector dos motopropulsores elétricos.

ElectriCity, pegada industrial local por local

O polo de fabrico da Ampere é constituído por quatro fábricas de alta tecnologia, prontas desde o primeiro dia, com uma capacidade total de 400 ku/ano, expansível para 620 ku/ano até 2028:

• ElectriCity:
  • Douai e Maubeuge, duas fábricas de montagem para produzir a gama Ampere e os modelos dos seus parceiros
  • Ruitz, para produzir caixas de baterias e componentes elétricos
• Cléon, que está a ser reconvertida para se tornar um dos maiores e mais competitivos locais europeus de produção de e-powertrains (motopropulsores elétricos)

A ElectriCity é um ecossistema único e compacto, que agrupa 75% dos fornecedores num raio de 300 km e 75% dos potenciais clientes num raio de 1.000 km. Isto permite uma redução dos custos logísticos em 40%. O polo de fabrico de Ampere proporcionará a melhor produtividade da sua classe, com um tempo de montagem de automóveis de 9 horas, começando com o Renault 5. Em termos de custos, a ElectriCity será tão competitiva como as fábricas da Europa de Leste até 2025.

A pegada de carbono da ElectriCity (indústria de âmbito 1 e 2) será nula até 2025. Este objetivo será alcançado seguindo uma via clara de descarbonização baseada na otimização das taxas de utilização, no dimensionamento correto, na gestão otimizada da energia, graças a um sistema de fabrico 4.0 e a ferramentas digitais combinadas com energia de baixo carbono.

Grupo Renault e Ampere, uma relação altamente benéfica para ambas as partes

A Ampere irá beneficiar das outras unidades de negócio do Grupo Renault. Beneficiará das capacidades de financiamento completas (incluindo seguros) da Mobilize Financial Services, dos serviços de mobilidade e energia (incluindo o carregamento) da Mobilize Beyond Automotive e dos serviços relacionados com a economia circular da The Future Is NEUTRAL.

Estima-se que o aproveitamento do ecossistema do Grupo Renault - notoriedade da marca Renault, rede de distribuição, capacidades de fabrico e escala de aprovisionamento - permitirá evitar custos da ordem dos 15 mil milhões de euros para a Ampere.

Esta relação entre o Grupo Renault e a Ampere será recíproca e equilibrada em termos de fluxos e será sustentada por acordos contratuais claros e em condições de concorrência que garantam, plenamente, o respeito dos interesses das duas empresas.

ESG nativo (Governança ambiental, social e corporativa)

A Ampere é verdadeiramente nativa em termos de ESG. O objetivo ESG da Ampere baseia-se em três pilares:

• Descarbonização para além da eletrificação, com o objetivo de ser uma empresa com emissões nulas até 2035;
• Economia circular para preservar recursos, com base em O Futuro É NEUTRO e Mobilize;
• Transição justa, com grandes ambições em termos de direitos humanos e transparência na cadeia de abastecimento, bem como ser um local de trabalho ético e inclusivo.

A Sustainalytics classifica a Ampere como a número 1 no sector automóvel⁴ a nível mundial, com uma pontuação de 12,8, mais de 4 pontos acima do que outros operadores de Veículos Elétricos.

Objetivo: empresa com emissões nulas até 2035

A Ampere tem como objetivo ser uma empresa com emissões líquidas nulas até 2035, seguindo uma abordagem do princípio ao fim. O plano para a neutralidade carbónica assenta em:

• Eletrificação: linha completa de veículos elétricos com zero emissões de escape;
• Indústria: objetivo de emissões líquidas nulas no âmbito da indústria até 2025;
• Utilização: carregamento de energia com baixo teor de carbono, com base na previsão da AIE^5;
• Fornecedores: objetivo de reduzir as emissões dos seus fornecimentos até 30% e, no caso do fornecimento de baterias, até 35%, até 2030.

Uma nova abordagem com os fornecedores

A Ampere racionalizará o seu painel de fornecedores, reduzindo-o em cerca de 40%, enquanto estabelece uma relação mais estratégica e a longo prazo com os seus fornecedores, procurando oportunidades de coinvestimento, cocriação e codesenvolvimento. A Ampere certificar-se-á de que este ecossistema cumpre os mais elevados padrões em termos de direitos humanos, transparência e ética.

Governação: liderar a organização de forma independente

O Conselho de Administração da Ampere cumprirá os mais elevados padrões de independência e assegurará a rapidez de decisão e a agilidade necessárias para corresponder ao seu modelo de negócio: O Conselho de Administração da Ampere contará com 11 diretores com forte experiência nos sectores tecnológico e automóvel, incluindo quatro diretores independentes (mais de 1/3 do total de diretores), seis diretores do Grupo Renault (incluindo o Presidente) e um diretor da Nissan. Será presidido por Luca de Meo.

Haverá três comités específicos (Auditoria e Riscos, Nomeação e Remunerações, Estratégia e Sustentabilidade).

Perfil financeiro sólido, objetivos de baixo risco e de elevado rendimento

Uma história de crescimento

A Ampere tem como objetivo receitas superiores a 25 mil milhões de euros em 2031 e uma margem de lucro operacional superior a 10% a partir de 2030, com um objetivo claro de atingir o breakeven em 2025 (margem operacional e free cash flow).

Prevê-se que as receitas cresçam a um CAGR⁶ superior a 30%, entre 2023 e 2031, de cerca de 2,8 mil milhões de euros em 2023, para mais de 25 mil milhões de euros em 2031, impulsionadas por:

• Vendas de veículos (90% das receitas em 2031; ~1 milhão de veículos) sustentadas por uma gama cada vez mais acessível de 7 veículos, uma vez que a Ampere cumprirá o seu plano de redução de custos de 40% entre a primeira e a segunda geração de veículos elétricos, do segmento C, até 2027/2028.
• Vendas a parceiros incluem, nomeadamente, tecnologias de EV e de software vendidas a outras marcas do Grupo Renault, membros da Aliança ou parceiros externos. As vendas a parceiros representam metade das receitas da Ampere em 2023 e prevê-se que sejam de 20% em 2025. Por prudência, o plano de negócios da Ampere apenas inclui vendas a parceiros que já estão contratados, o que explica a diminuição gradual da sua quota de receitas totais ao longo do tempo. No entanto, as novas parcerias deverão representar uma oportunidade significativa para a Ampere desenvolver a sua atividade.
• Receitas no Após-Venda, crescerão em função do aumento do número de veículos vendidos, para o que contribuirá o facto de o VDS garantir uma maior fidelização à rede de Após-Venda e permitir a oferta de novos tipos de serviços aos clientes.
• Outras receitas:
  • A CAFE (Corporate Average Fuel Economy) credita as vendas ao Grupo Renault, uma vez que a Ampere produzirá a maioria dos veículos elétricos do Grupo.
  • As receitas provenientes de novos serviços (aplicações, conetividade, complementos de condução autónoma e serviços de carregamento/energia) deverão atingir 500 euros por ano, por veículo, dos quais 60 % para a Ampere e 40 % para o Grupo Renault.

Margem operacional, breakeven em 2025 e 10%+ a partir de 2030

O objetivo é que a margem operacional atinja o breakeven em 2025 e mais de 10% das receitas a partir de 2030, com base em três alavancas principais:

• Absorção do volume e dos custos fixos;
• Otimização dos custos variáveis, consubstanciada no plano da Ampere de reduzir os custos em 40% entre a primeira e aegunda geração de veículos até 2027/2028. Permitirá e mais do que compensará a diminuição do preço médio de venda da gama, uma vez que a Ampere se esforça por alcançar a paridade de preços VE / ICE
• Otimização dos custos de distribuição, possibilitada tanto pela proximidade dos clientes e fornecedores da Ampere, como pela aposta no retalho, que deverá representar mais de 50% do seu mix

Free cash flow no breakeven em 2025

Graças ao seu modelo de negócio já amplamente investido, a Ampere tem como objetivo gerar liquidez mais cedo do que a maioria dos concorrentes, com um objetivo free cash flow no breakeven já em 2025. No caminho para alcançar este marco fundamental, o consumo de caixa acumulado da Ampere, para o exercício de 2024, e o primeiro semestre de 2025, ascenderia a um máximo de 1,5 mil milhões de euros.

Esta gestão eficaz da tesouraria traduzir-se-ia numa taxa de conversão de tesouraria elevada >80%7 em 2031.

A partir de cerca de 25% da receita esperada em 2024, o Capex e a I&D deverão situar-se em 10%, em média, entre 2024 e 2031 e em cerca de 8% a longo prazo.

Próximos passos

O Grupo Renault financiou a primeira fase da criação da Ampere. Esta primeira fase foi concluída com a cisão da Ampere a 1 de novembro de 2023. A Ampere entra agora numa nova fase de aceleração do seu desenvolvimento. A angariação de capital, através de uma potencial Oferta Pública Inicial, permitiria à Ampere crescer mais rapidamente, de forma mais autónoma, sem puxar mais pelos recursos do Grupo e, em última análise, proporcionaria melhores retornos financeiros aos investidores da Ampere e ao Grupo Renault.

Com uma potencial Oferta Pública Inicial, a Ampere ficaria totalmente financiada. Uma parte das receitas financiaria despesas de capital, I&D e potenciais investimentos externos, em especial em três áreas-chave:

• O reforço das capacidades da cadeia de valor do software da Ampere;
• A aceleração das atividades de redução de custos, especialmente a conceção e o desenvolvimento da plataforma de segunda geração do segmento C da Ampere;
• O desenvolvimento de novos automóveis.

Parte das receitas já está garantida, com os investimentos acordados dos nossos primeiros investidores de referência: A Nissan e a Mitsubishi Motors investem, no total, até 0,8 mil milhões de euros na Ampere. A Qualcomm Technologies também está a considerar investir.

Os veículos elétricos são um desporto diferente que exige um atleta diferente. A criação da Ampere vem acompanhada de uma nova cultura de trabalho, perfeitamente adaptada às especificidades do ecossistema dos VE. A Ampere beneficiará de uma espinha dorsal tecnológica autónoma, de uma carteira de propriedade intelectual e de uma força de trabalho altamente qualificada. A sua gestão e governação dedicadas garantirão uma concentração total na implementação de uma estratégia de pleno direito para estabelecer a liderança europeia no mercado de VE em rápido crescimento.

O estabelecimento da Ampere, como uma entidade autónoma, já deu frutos com numerosas reduções de custos e outras iniciativas operacionais. A transparência exigida pela potencial admissão à cotação da Ampere reforçaria ainda mais a plena responsabilização do Conselho de Administração e dos trabalhadores da Ampere.

A Ampere é o primeiro interveniente europeu no sector dos veículos elétricos e do software com uma abordagem de baixo risco. Beneficia do ecossistema do Grupo Renault, e a sua abordagem horizontal única permite-lhe produzir rapidamente, num ambiente em mudança, com menos investimentos.

Conclusão

¹ Refere-se às empresas da subindústria Automóvel avaliadas segundo o modelo global

² Taxa de crescimento anual composta

³ Free cash flow em % do resultado operacional

⁴ Refere-se às empresas da subindústria automóvel avaliadas segundo o modelo global

⁵ AIE: Agência Internacional de Energia

⁶ Taxa de crescimento anual composta

⁷ Free cash flow em % dos lucros de exploração

⁸ Refere-se a empresas do subsector Automóvel avaliadas segundo o modelo global

⁹ Free cash flow em % dos lucros de exploração