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ALIANÇA RENAULT-NISSAN-MITSUBISHI ABRE UM NOVO CAPÍTULO NA SUA PARCERIA 

Londres, Paris, Tóquio, Yokohama - 6 de fevereiro de 2023 - Após a aprovação pelos Conselhos de Administração do Grupo Renault e da Nissan Motor Co., Ltd, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi anunciou, hoje, novas iniciativas para levar a sua parceria a um próximo nível.

Um programa tridimensional para maximizar a criação de valor para todos os intervenientes da Aliança incluirá:

  • Projetos operacionais de criação de alto valor na América Latina, Índia e Europa;
  • Agilidade estratégica reforçada com novas iniciativas a que os parceiros podem aderir;
  • Um reequilíbrio nas participações cruzadas do Grupo Renault-Nissan, com um controlo reforçado da Aliança.

O Grupo Renault e a Nissan celebraram um acordo-quadro vinculativo relativo às transações acima mencionadas, com vista a chegar a acordos definitivos até ao final do primeiro trimestre de 2023. As transações contempladas nestes acordos definitivos estarão sujeitas a um número limitado de condições precedentes, incluindo aprovações regulamentares, e a sua conclusão está prevista para o quarto trimestre de 2023.

Este programa de grande alcance abre caminho a uma renovação e reforço de uma parceria com 24 anos, criando um espírito novo e mais ágil e aproveitando as tecnologias pioneiras dos três membros da Aliança. Este próximo nível criará mais oportunidades de crescimento e ajudará a assegurar a eficiência operacional de cada empresa da Aliança para inovar e se transformar num mercado em rápida mudança nos produtos automóveis e nos serviços de mobilidade.

Detalhes do acordo-quadro vinculativo foram anunciados durante uma conferência conjunta, em Londres: https://www.youtube.com/watch?v=YJaOHCIg23g

06 Fevereiro 2023

Projetos operacionais de criação de alto valor

Um ano após a definição do roteiro da Aliança para 2030, as empresas anunciam a consideração de novos projetos-chave na América Latina, Índia e Europa, que visam proporcionar benefícios muito vantajosos, em larga escala e acionáveis para todos os membros da Aliança, em três áreas: mercados, automóveis e tecnologias. Cada empresa beneficiará destes projetos geradores de valor a médio prazo, enquanto, a curto prazo, retirará benefícios, tanto através da partilha dos custos, como da redução dos mesmos.

América Latina

Os quatro projetos a serem considerados na América Latina incluem:

  • Uma nova pick-up de “meia tonelada” (dimensões médias), desenvolvida pelo Grupo Renault e partilhada com a Nissan na Argentina.
  • A bem-sucedida colaboração na família Nissan Frontier/Renault Alaskan, uma pick-up de “uma tonelada”, irá continuar. O Grupo Renault produzirá as pick-ups em Córdoba (Argentina), tanto para a Renault, como para a Nissan.
  • No México, a Nissan produzirá um novo modelo para o Grupo Renault, tornando-o, assim, o primeiro automóvel Renault a ser produzido no país, em 20 anos.
  • Além disso, a Nissan e o Grupo Renault comercializarão dois automóveis elétricos acessíveis comuns para o segmento A, baseados na plataforma CMF-AEV (Common Module Family).

India

  • Para a India e exportação, o Grupo Renault e a Nissan colaborarão em vários projetos de novos automóveis, incluindo SUV partilhados tanto pelo Grupo Renault como pela Nissan, e um novo automóvel Nissan derivado do Renault Triber.
  • Além disso, a exemplo da América Latina, a Nissan e o Grupo Renault também estão a considerar automóveis elétricos comuns para o segmento A.

Europa

As empresas estão a explorar as seguintes iniciativas na Europa:

  • O Grupo Renault e a Mitsubishi Motors alavancarão os ativos do Renault Captur e do Clio, para desenvolver dois novos automóveis da próxima geração ASX e Colt, com base na plataforma CMF-B.
  • O Grupo Renault lançará o FlexEVan no mercado de VCL, como o seu primeiro Automóvel Definido por Software, a partir de 2026, partilhando-o com a Nissan na Europa.
  • Para as suas gamas para além de 2026, a Nissan e o Grupo Renault explorarão também possíveis colaborações na próxima geração de automóveis elétricos do segmento C. Para assegurar tempos de carregamento de referência, a Nissan e o Grupo Renault continuarão a partilhar tecnologias sobre os seus automóveis europeus, incluindo a potencial utilização de uma arquitetura comum de 800 volts.
  • Estas iniciativas basear-se-ão nos compromissos existentes, incluindo planos para o futuro Automóvel Elétrico compacto Nissan (segmento B), baseado na plataforma CMF-BEV, a ser produzido nas instalações ElectriCity do Grupo Renault, em França, a partir de 2026.

Para além do veículo: Cooperação na Distribuição, Pós-venda, Infraestruturas de Carregamento e Baterias

Na Europa, o âmbito da colaboração irá para além dos automóveis, de modo a cobrir o ciclo de vida desde a distribuição, à utilização, à reciclagem e ao fim de vida útil.

  • Distribuição, Pós-venda e Financiamento de Vendas: O Grupo Renault, a Nissan e a Mitsubishi Motors estão a trabalhar em oportunidades partilhadas no seio da rede de distribuição, para apoiar e aumentar a rentabilidade dos concessionários e reduzir os respetivos custos:
    • Aumentando o número de pontos de venda partilhados, em mercados chave.
    • Desenvolvendo estratégias comuns sobre automóveis usados, pós-venda e financiamento de vendas, alavancando a forte presença da Mobilize Financial Services na Europa.
  • Infraestrutura de carregamento de veículos elétricos (VE): O Grupo Renault e a Nissan estão a considerar a implementação conjunta de infraestruturas de carregamento na Europa, tanto em concessionários do Grupo Renault, como da Nissan (charging@dealer).
  • Economia Circular: O Grupo Renault e a Nissan pretendem selecionar parceiros comuns de reciclagem para as suas baterias em fim de vida e resíduos provenientes da produção.

Agilidade estratégica reforçada com novas iniciativas a que os parceiros podem aderir

Na segunda área do reforço da cooperação, as três empresas da Aliança concordaram em explorar as suas estratégias na eletrificação e tecnologias de baixas emissões, investindo e colaborando nos respetivos projetos das empresas-membro, o que poderá fornecer um valor incremental a cada empresa.

Estas ágeis iniciativas estratégicas são concebidas para complementar os planos de negócios das empresas membros, incluindo a Nissan Ambition 2030 e a Renaulution, à medida que cada empresa alavanca a uniformidade e as oportunidades de investimento para atingir os seus respetivos objetivos de crescimento sustentável e metas de descarbonização.

As áreas de colaboração que estão em consideração incluem:

  • A intenção da Nissan é investir até 15% na Ampere, a entidade EV & Software do Grupo Renault na Europa, com o objetivo de se tornar um investidor estratégico. Através deste investimento na Ampere Nissan, a intenção é aumentar e acelerar novas oportunidades de negócio para a Nissan na Europa.
  • A Mitsubishi Motors considera investir na Ampere.
  • A Nissan e a Mitsubishi Motors tornar-se-ão clientes do projeto Horse do Grupo Renault, uma iniciativa para alcançar uma maior escala e cobertura de mercado para o seu motor de combustão interna de baixas emissões (ICE) e tecnologias híbridas de propulsão.

Estas iniciativas complementarão as áreas de colaboração tecnológica em curso, tais como a All Solid-State Battery (ASSB) – baterias em estado sólido -, Software-Defined Vehicle (SDV) – Veículo Definido por Software - e Advanced Driver Assistance Systems (ADAS) – sistemas avançados de auxílio à condução - & condução autónoma.     

Um grupo Renault reequilibrado, com participação cruzada e direção reforçada da Aliança

À medida que cada empresa membro da Aliança entrega os seus planos de negócios, é importante criar uma estrutura de participação cruzada e termos de governação alinhados com os objetivos da Aliança da próxima geração. Embora os anteriores acordos da Aliança tenham permitido às empresas executar as suas estratégias nos últimos 24 anos, é necessária uma nova abordagem para permitir aos membros da Aliança prepararem-se da melhor forma para futuras oportunidades industriais.

O Grupo Renault e a Nissan, os membros fundadores da Aliança, concordaram, portanto, em reequilibrar os seus termos de participação cruzada e de governação, de modo a assegurar a eficácia e maximizar a criação de valor.

Um acordo-quadro vinculativo define os princípios de um novo esquema de governação e o reequilíbrio das participações cruzadas entre o Grupo Renault e a Nissan. As duas empresas pretendem celebrar um novo acordo de Aliança até 31 de Março de 2023 e substituir os atuais acordos que regem a Aliança (i.e., o Acordo Diretor da Aliança Reformulado, o Acordo de Participação no Capital da Aliança e o Memorando de Entendimento de 12 de Março de 2019).

Este novo acordo de Aliança será posto em prática por um período inicial de 15 anos.

Participações cruzadas reequilibradas entre o Grupo Renault e a Nissan para permitir uma colaboração futura

  • A Nissan e o Grupo Renault manterão uma participação acionista cruzada de 15%, com uma obrigação de lock-up, bem como com uma obrigação de suspensão.
  • O Grupo Renault transferirá 28,4% das ações da Nissan para um fundo francês. As ações confiadas serão votadas de forma neutra, exceto no caso de:
    • a eleição ou demissão dos diretores da Nissan nomeados pela Renault, (em que o administrador votará de acordo com as instruções da Renault);
    • eleição ou demissão dos diretores nomeados pelo Comité de Nomeação Nissan, com exceção dos nomeados pelo Grupo Renault (onde o administrador-delegado deve votar a favor das decisões e propostas do Comité de Nomeação Nissan).
    • propostas de acionistas não apoiadas pelo conselho de administração da Nissan (onde o administrador deve abster-se).
  • O Grupo Renault continuará a beneficiar plenamente dos direitos económicos (dividendos e receitas da venda) das ações confiadas, até que tais ações sejam vendidas. A transferência para o fundo fiduciário não provocará qualquer prejuízo nas demonstrações financeiras do Grupo Renault.
  • Como resultado da transferência dos 28,4% das ações da Nissan para o fundo, a Nissan poderá exercer os seus direitos de voto ligados à sua participação no Grupo Renault.
  • Os direitos de voto do Grupo Renault e da Nissan serão limitados a 15% dos direitos de voto exercíveis, podendo ambas as empresas exercer livremente os seus direitos de voto dentro desse limite.
  • O Grupo Renault encarregará o administrador de vender as ações da Nissan confiadas, se tal for comercialmente razoável para o Grupo Renault, mas não tem qualquer obrigação de vender as ações dentro de um período específico pré-determinado.
  • O Grupo Renault terá total flexibilidade para vender as ações da Nissan detidas no fundo, no âmbito de um processo coordenado com a Nissan, no qual a Nissan beneficiará de um direito de primeira oferta ao seu, ou em benefício de uma terceira entidade designada.

Direitos de voto e direção

  • Em resultado das novas disposições, o acordo de direção celebrado a 4 de fevereiro de 2016 entre o Grupo Renault e o Estado francês, relacionado com a sua participação acionista no Grupo Renault, será terminado. Isto permitirá ao Estado francês exercer livremente todos os seus direitos de voto no Grupo Renault.
  • O Grupo Renault continuará a ter o direito de nomear dois representantes no Conselho de Administração da Nissan e a Nissan continuara a ter o direito de nomear dois representantes no Conselho de Administração do Grupo Renault.
  • O Conselho de Operações da Aliança continuará a ser o fórum de coordenação do Grupo Renault, da Nissan e da Mitsubishi Motors.

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C.I. - Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi abre um novo capítulo na sua parceria

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Pedro Pessoa

PR/Press Officer



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